Durante nossa vida, com certeza, o que mais ouvimos é a palavra "não", mesmo quando gostaríamos de ouvir "sim".
Desde a infância, o "não" é quase uma constante...
Assim como a impregnação de "nãos" em nossas vidas é volumosa, fazemos com que se manifeste indireta e disfarçadamente em nosso dia a dia. Dizemos "não", talvez, a uma boa oportunidade, a uma nova amizade, a um momento mágico, a um sorriso e, às vezes, à chance de fazer uma boa ação. Afinal, o "não" está mais presente e não exige muita reflexão sobre o assunto, enquanto o sim pede um comprometimento...
Diante de tudo isso, que tal estipular uma disciplina de comportamento no contexto de "não" e "sim"? Que tal estabelecer uma cota diária para cada um deles? Aí, caso tenha de dizer "não" a alguma coisa hoje, mas sua cota já tenha se esgotado, pense melhor. Deixe para dizer esse "não" no dia seguinte; faça a mesma coisa com o "sim". Afinal, se um "não" pode esperar, o "sim" também pode. De repente, no amanhã, o seu "não" pode virar um "sim", e o "sim", um "não".
A base do nosso caráter é construída com uma torre de sustentação negativa. Sabemos instantaneamente o que não podemos fazer e demoramos para descobrir aquilo que queremos... Por isso, um "não" bem pensado é como uma boa escolha: pode realmente evitar algo de ruim; mas um "não" instantâneo pode afastar de você algo de muito interessante.
Quando precisar de mais tempo para pensar, responda "sim" e "não". Defenda sua posição, justifique sua resposta. Explique o porquê de sua decisão. Enfim, se antes de dizer "sim" ou "não", você tiver chance, exponha o seu ponto de vista. Você verá que sua decisão ou vontade será muito mais bem recebida e compreendida.
César Romão, no livro "Tudo vai dar certo"
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